Sem trocadilhos, comprar madeira para barco é uma pauleira,se bobear você fica no toco e acaba fazendo o barco com pinho de caixa de feirante!
Como a planta é americana, o gringo sugeriu fazer o barco de MOGNO !, imaginem, na primeira madereira o vendedor teve um ataque de riso e ameaçou chamar a polícia ambiental,
Daí entrou a Internet, achei uns grupos de fazedores de barcos que me deram dicas maravilhosas. De cara tive que aprender Tupy para poder falar os nomes das madeiras:
aguano, moreira, angelim vermelho, cabriúva vermelha, cedro, cumaru, ipê-peroba, itaúba-preta, garapa, grapiapunha, guaribu-amarelo, louro-preto, mogno, oiti, pau-rocho, peroba-de-campos, piquiá, piqui-vinagreiro, taiuva, tatajuba, vinhático.
Sem falar no amendoim, fava-de-rosca, louro-pardo, paçuaré, saumauma, tamboril e timbuva, indicados para embarcações leves juntamente com o cedro e o Freijó.
A que eu mais gostei foi
Peroba Bosta, mas achei melhor manter com cedro rosa, pelo menos o nome é mais delicado, esperamos que o cheiro também.
Depois de muita procura achei cedro rosa em Sampa ,só em pranchados, custo ? R$ 2, 300,00 o metro cúbico, que fortuna hein ?, você paga o bloco todo, daí o cara corta as tábuas na medida que você pediu , e cobra uma nota por isso. Ainda tive que colocar na peruinha ( falando do carro) e levar para Pira.
Eu estava preocupado com os "Paus grandes" , para quilha , quinas e placas de compensado, mas felizmente achei tudo em Piracaia ( madereira ignis) e Atibaia ( Leo Madeira) que vão cortar e me entregar no estaleiro na medida do possível.
Na Internet achamos muito sites úteis, como o Ibama que mostram os nomes e qualificações das madeiras, é facil de encontra.
Pensei em usar só madeira compensada, mas o projetista teme que estas não dêem sustento, não desobedeci, mas fiquei na dúvida, vários construtores nacionais bem conhecidos só estão usando com pensado naval, é o futuro.